Criada em 1998, pelo Ministério da Educação, durante a gestão do Ministro da Educação Paulo Renato Souza, no governo de Fernando Henrique Cardoso, essa prova, a princípio teve o objetivo de avaliar anualmente a qualidade do ensino médio e o desempenho dos alunos ao final da escolaridade. É o maior exame implantado no Brasil. Hoje conta com mais de 4,5 milhões de inscrições em mais de 1600 cidades brasileiras.
Será um exame levado a sério pelos alunos e instituições?
Essa ferramenta auxilia o ministério a elaborar estruturas de reforma e melhoria do ensino médio brasileiro através dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) do Ensino Médio e Fundamental.
Além disso é uma ferramenta utilizada também como acesso ao ensino superior em universidades públicas e particulares, complementando ou até mesmo substituindo o vestibular.
Não podemos deixar de citar que o ENEM também é empregado para selecionar alunos que queiram recorrer à bolsa de estudo, parcial ou integral, do ProUni (Programa Universidade para todos).
Uma conquista para todos!
Desde 2009 a prova também é feita para fornecer certificação de conclusão do Ensino Médio para os cursos de EJA (Educação para Jovens e Adultos) substituindo o exame antigo, o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos).
O número de inscritos vem aumentando vertiginosamente. Em 1998 começamos com 157.221 inscritos e 2011 tivemos 6.221697.
As salas estavam lotadas!
Desde que o exame começou a ser utilizado, o ENEM tem enfrentado inúmeros problemas que têm feito os estudantes e várias instituiçoes de ensino superior ficarem descrentes em sua importância. Em 2009, ocorreu o furto das provas que resultou no adiamento da aplicação destas. Depois disso, o gabarito foi divulgado com erros. Em 2010, informações sigilosas e algumas das questões foram vazadas. No mesmo ano as provas foram impressas constando uma série de erros em um dos cadernos. Por causa disso, certas instituições de ensino acabaram desistindo de usar o ENEM como parte de sua avaliação. Neste ano, 2011, alguns alunos de um colégio de fortaleza, tiveram acesso à cerca de 14 questões antes da prova ser aplicada. O vazamento teria ocorrido na ocasião do pré teste do INEP.
De acordo com a presidente do INEP, Malvina Tuutman é de que nao houve vazamento no caso da escola de Fortaleza. O que houve é que alguém pegou dois cadernos na prova do ano anterior e guardou durante um ano e voltou a utilizar este material como um material base para as aulas preparatórias para o exame.
Esta é a maior diferença em relação às provas de mesma inportância nos EUA. Quando algum aluno falta, as provas que ficaram nas carteiras vazias devem ser recolhidas para que ninguém saia com dois cadernos em mãos. Assim evitaria o que aconteceu em Fortaleza. Outra diferença gritante é de que os EUA têm um banco de 6000 questões que podem ser até mesmo serem reutilizadas numa prévia ou mesmo numa outra prova, mas com uma margem de tempo bem grande. No Brasil, temos apenas 1000 questões. Nos EUA existem um prazo de 5 anos para que as questões da prévia e do exame sejam reutilizadas.
O exame ocorre em dois dias consecutivos, com 4 horas e 30 minutos no primeiro dia e 5 horas e 30 minutos no segundo dia por causa da redação. São quatro provas com 45 questõesde múltipla escolha cada, das matérias ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e por fim a redação.
O mais importante na prova é a redação. O texto deve ser dissertativo-argumentativo com no máximo 30 linhas e mínimo de 8 linhas. O critério de avaliação dá mais importância ao raciocínio, à análise crítica e à reflexão.
Segue abaixo um vídeo com dicas sobre a redação.
No Comments Yet